Vamos por partes:
Vendo apenas a Libertadores, perdemos para nós mesmos, ou melhor, perdemos para o Joel Santana.
Voltando um pouco, sim, apoiei sua volta, não por opção, mas por necessidade. A situação com Luxemburgo estava insustentável e ele nem deveria ter passado a virada de ano como técnico do Flamengo, não queria sua saída por achar que não estava fazendo um bom trabalho, mas porque os jogadores já não o respeitavam. Entre as opções, tínhamos Joel e Renato Gaúcho, achei sim, melhor o Joel, admito. Renato Gaúcho seria melhor? Sinceramente, não sei, mas o que tenho visto no Joel - e me irritado um bocado- é sua mania de montar o time como se o Flamengo fosse pequeno.
Time grande não joga recuado. Um gigante menos ainda.
Escalar o time do Clube de Regatas do Flamengo para uma Libertadores com três volantes chegaria a ser hilário se não fosse tão trágico. É ridículo a postura com que Joel tem colocado o Fla para jogar.
Hoje, contra o Emelec, era nossa última chance de nos classificarmos dignamente, por nossa própria capacidade, e estávamos conseguindo.
Acredito eu, que unica e exclusivamente por pressão da torcida, Joel resolveu utilizar um esquema com dois volantes, dois meias e dois atacantes.
A missão estava sendo cumprida, até que o Flamengo recuou do jeito mais típico do Joel, e como se tivesse medo do adversário, se fechou totalmente no segundo tempo, ficando em um jogo de ataque contra defesa. Só que ninguém avisou ao papai Joel que o jogo só acaba, e a missão só é de fato cumprida, quando o juiz (ruim, por sinal) apita.
As substituições que ele faz durante os jogos, não costumam ser lá, muito eficientes, mas desta, o Joel se superou: o Flamengo passou a jogar com três zagueiros, um lateral direito, DOIS laterais esquerdos (!), dois volantes, um meia e um atacante. Algo sem padrão, sem lógica e sem o mínimo de estratégia. A lei era: fechar, fechar e fechar.
Mas, como muitos falam e eu acredito... Quem não faz, toma. Tivemos algumas chances de fazer o terceiro, teríamos mais, e o faríamos se o time não tivesse esquecido que esta era uma boa opção para não tomar um sufoco.
Nossa participação na Libertadores tem sido medíocre. Vergonhosa. Precisávamos de um técnico que entenda a grandeza do Flamengo e que tenha o espírito vencedor, ousado. Joel tem se mostrado covarde, na mais ampla de sua definição. Tem medo de expor, de buscar... E assim, papai, nunca conseguiremos nada além de um estadual.
Mas o problema vai mais a fundo. Explorando um pouco, vemos novamente a frágil Patricia Amorim totalmente perdida. Sim, é fácil e clichê, é o que todo mundo faz, colocar a culpa no técnico e na presidente, mas a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, que no caso é ela. Tem feito uma gestão pífia, de "mentirinhas" descaradas (como desmentir a demissão de um técnico horas antes de um jogo decisivo e no dia seguinte anunciar sua saída), cedendo a pressão interna (como quando conseguiu trazer o Zico para o Flamengo, mas que não durou muito) e também a pressão da torcida (correndo novamente atras do ex-jogador, ainda em "atividade", Adriano).
Raça? Joel não sabe o que é. Pulso? Patricia desconhece. Algo que não condiz com a grandeza do Flamengo.
Como bem disse Rica Perrone, "Time grande é parado, não fica tentando parar os outros." Joel "apequenou um gigante. E gigantes não sabem andar de joelhos."
Ainda temos chance, mas não merecemos nem um pouco, não com essa atitude medíocre. Infelizmente.
Um abraço pessoas! SRN!
Ainda acredito no milagre da classificação.
ResponderExcluirA sorte é que o Emelec também chega com chances de avançar e pode engrossar para o Olímpia.
Vencer o Lanús e um empate no outro jogo não são resultados improváveis.
Abraços.
Gabriel Casaqui
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